Entre tantas belezas naturais e símbolos históricos, Botucatu tem como protagonista de suas principais características o seu povo. Povo esse que auxilia e muito o Poder Público Municipal a tornar a Cidade cada vez mais bonita, como por exemplo, na manutenção de áreas públicas. Esta reportagem conta três casos de botucatuenses que, além de cuidarem de espaços verdes públicos, dão utilidade a eles.
A primeira e mais antiga cidadã a realizar este tipo de ação é a senhora Norma Cleoffe, moradora do Jardim Paraíso e que há 16 anos cuida de uma pequena praça na confluência da Avenida Rafael Laurindo com a Rua Edmundo Araújo de Oliveira. Além deste local, todo decorado com flores, jardineiras e bancos, e que inclusive são iluminados caprichosamente no período de Natal, Dona Norma também dá outro visual ao canteiro central da avenida. A placa que dá boas vindas àqueles que chegam ao bairro, inclusive, é criação da aposentada.
“Cuido com carinho deste local, com o único intuito de ajudar a Prefeitura a fazer das nossas áreas verdes mais bonitas, preservadas e limpas. Faço isso há muitos anos e agradeço todo o apoio que a Secretaria de Infraestrutura me dá para cuidar desse local com mudas de flores, bancos e jardineiras. Creio que se todos tivessem essa postura, nossa Cidade seria ainda mais linda”, afirma Dona Norma.
Para o Prefeito Mário Pardini, ações como a de Dona Norma fazem a diferença positivamente na sociedade.
“A Dona Norma é um exemplo para nossa sociedade, de cuidado e amor com o Município. Esse trabalho dela nos empolga todos os dias a avaliarmos nosso próprio serviço prestado e buscar melhorar sempre. Isso é amor para com o próximo e a Dona Norma está de parabéns”, cita o Prefeito Mário Pardini, que recebeu Dona Norma em seu gabinete para agradecer pessoalmente os trabalhos da moradora.
Pomar gigante em plena cidade
Botucatu possui pouco mais de 2,6 milhões de metros quadrados de áreas verdes em sua zona urbana, que têm sua manutenção custeada pelos cofres públicos ou que recebem o cuidado de moradores.
Assim como a Dona Norma, um grupo de moradores da Rua Mariana Jaqueta, no bairro Chácara dos Pinheiros, utiliza áreas verdes para o plantio de diversas espécies de árvores, desde nativas a frutíferas. Maria Goretti Gomes, Orivaldo Ortiz e José Carlos Tonon auxiliam o aposentado Joaquim da Silva, que iniciou o trabalho alguns anos atrás, no cultivo de mais de 700 espécies, que vão desde madeiras de lei e plantas medicinais até frutíferas, como mangueira, goiabeira e outras. Frutas exóticas, como araçá, atemoia, fruta do conde e cacau também podem ser encontrados no gigante pomar em plena área urbana.
“Começamos plantando nesta área verde para evitar que a população jogasse entulho. Com o tempo fomos povoando com diversas árvores para que o local ficasse sempre limpo e para que a população pudesse aproveitar as frutas. Quem quiser, é só vir, pegar e comer, claro que nos ajudando a manter o local sempre limpo e sem desperdiçar frutas que ainda estejam verdes”, conta Joaquim.
Flores em meio ao entulho
O veterinário Felipe Fornazari e o aposentado Paulo Nakajima são vizinhos de uma viela no Altos do Paraíso e também aproveitam uma área verde em frente as suas residências para o plantio de flores e frutas. O mais impressionante é que o local onde eles realizam os plantios tem como base uma grande quantidade de entulho, depositada irregularmente no local no passado e que com o passar do tempo foi invadida pela vegetação.
“Há 4 anos plantamos aqui. Quando fui cavar pela primeira vez este terreno vi que a base, abaixo de uma fina camada de terra, era toda de cascalho, pedras e restos de construção. Por ser um local úmido, as plantas conseguem crescer”, cita Paulo Nakajima, quer conta com a ajuda da esposa Lurdes no cultivo.
Felipe Fornazari, que aposta no plantio de espécies frutíferas em extinção, como o mamão silvestre, por exemplo, vê na prática de utilizar as áreas verdes públicas para essa finalidade, um sinal de zelo com o meio ambiente.
“Obviamente não é uma obrigação de todos despenderem de seus recursos para plantar em áreas públicas, mas é evitar de jogar entulhos nesses locais. Creio que é um sinal de zelo pelo meio ambiente e de cuidado com o próximo. Além disso tem os benefícios para os animais. Aqui já vi diversas espécies de pássaros se alimentando das frutas e até um tatu”, comenta o veterinário.
GCM notificou 30 casos de descarte irregular em 2018
A Guarda Civil Municipal tem atuado para prevenir e punir quem descarta materiais inservíveis e entulho em áreas verdes do Município. Neste ano, 30 notificações já foram registradas. Nessas situações, o responsável pelo descarte recebe o prazo de 3 dias para a retirada dos resíduos. Quem não cumpre a orientação recebe multa de R$ 200, se for pessoa física, ou R$ 1.000 se for pessoa jurídica.
A população, ao avistar alguém realizando o descarte irregular de materiais, pode chamar imediatamente a Guarda Municipal por meio do telefone 199.
