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ABR
27
27 ABR 2015
GOVERNO
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Prefeitura abre licitação para construção de rotatória e memorial em homenagem a Oswaldo Bratke
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O elevado grau de crescimento de Botucatu levou a Prefeitura a buscar recursos extra-orçamentários com a finalidade de executar uma grande intervenção na principal entrada da Cidade, na confluência entre a rodovia João Hipólito Martins (Castelinho) e a Avenida Pedretti Neto. Além de oferecer mais segurança e conforto aos motoristas e pedestres que circulam pela região, o projeto desenvolvido também prestará homenagem a um dos maiores nomes da arquitetura brasileira: o urbanista botucatuense Oswaldo Bratke.
 
A proposta contempla a construção de uma grande rotatória nas proximidades do recinto JVC que disciplinará o trânsito e o acesso para bairros em expansão como a Vila Assumpção, Cecap e Vila São Benedito. A obra permitirá o alargamento da Rua Emílio Cani modernizando o acesso a equipamentos importantes como a Incubadora de Empresas, a UNIT (Universidade do Trabalhador) e o futuro Hospital da Unimed. O novo dispositivo de segurança também permitirá acesso mais rápido e seguro ao Pronto Socorro Municipal, na Rua Joaquim Lyra Brandão.
 
Além da rotatória, o projeto prevê a construção do chamado “Memorial Oswaldo Bratke”, que inclui a confecção de um pórtico com estrutura metálica em aço, além de chafariz e espelho d´água. O projeto, de autoria de Carlos Bratke (filho de Oswaldo) foi doado à Prefeitura. “Vamos aliar, em uma só obra, a reconfiguração da entrada da cidade e uma justa homenagem a um dos principais nomes da arquitetura paulista, nascido em Botucatu”, comenta o secretário municipal de Governo, Caco Colenci.
 
A execução da obra foi viabilizada com recursos obtidos junto a três deputados federais - Otoniel Lima (PRB), Mara Gabrilli (PSDB) e Eli Correa Filho (DEM) – no valor total de R$ 883.800,00. O processo licitatório já foi aberto pela Prefeitura para contratação da empresa responsável pela implantação da rotatória e do pórtico. A abertura dos envelopes com a documentação dos interessados em participar do certame está marcada para o dia 8 de maio, às 14 horas. O prazo para conclusão dos serviços é de 120 dias a partir da assinatura do contrato. 
 
Oswaldo Bratke - Nasceu em Botucatu, no ano de 1907 e faleceu em São Paulo, em 1997. Arquiteto, urbanista. Ingressa no curso de engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1926, e ainda estudante abre um escritório com colegas de turma. Em 1930, recebe a medalha de ouro na Seção Universitária do 4º Congresso Pan-Americano de Arquitetura do Rio de Janeiro, e ganha o concurso do projeto para o Viaduto Boa Vista, em São Paulo. 
 
Dois anos depois de se formar engenheiro-arquiteto, em 1933, abre escritório com o colega Carlos Botti. Na década de 1930, a dupla projeta e constrói mais de 400 residências nos estilos ecléticos em voga. A partir de 1940, Bratke se envolve na urbanização do Jardim do Embaixador, em Campos do Jordão, São Paulo, onde projeta um bar e restaurante, algumas residências e o Grande Hotel Campos do Jordão. Trabalha em São Vicente, São Paulo, na urbanização da Ilha Porchat, em 1942. 
 
Progressivamente se distancia do canteiro de obras, concentrando-se em projetos residenciais - ao mesmo tempo que passa a buscar soluções formais modernas. Nessa década projeta alguns edifícios em São Paulo, entre os quais o Jaçatuba (1942), e o ABC (1949) - um dos primeiros prédios em altura a adotar a curtain-wall.1 Em visita à costa oeste dos Estados Unidos, em 1948, conhece as obras de Richard Neutra (1892-1970) e Frank Lloyd Wright (1867-1959), e tem sua casa-ateliê da rua  Avanhandava, de 1947, publicada na Arts & Architecture, periódico californiano que promove a arquitetura moderna internacional. 
 
Em 1950, trabalha na urbanização do bairro Paineiras, no Morumbi, onde projeta inúmeras residências, entre as quais a sua, em 1951 (menção especial na Exposição Internacional de Arquitetura da 1ª Bienal Internacional de São Paulo), e a do amigo Oscar Americano, em 1952 - casas que se tornam famosas pela utilização de coberturas planas e pela incorporação da paisagem na construção através de vazios, pérgulas e elementos vazados. 
 
É eleito presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil de São Paulo (IAB/SP) por duas gestões, de 1951 até 1954, ano em que participa do júri de arquitetura da 2ª Bienal Internacional de São Paulo, e do 4º Congresso Brasileiro de Arquitetos. Torna-se membro da comissão do 4º Centenário de São Paulo. Uma nova fase na sua carreira surge quando é contratado pela Indústria e Comércio de Minérios S.A. (Icomi) para desenvolver o projeto de dois núcleos urbanos no Amapá, em 1955. 
 
Durante cinco anos projeta os planos urbanos, as residências e todos os equipamentos necessários para as vilas de Serra do Navio e Amazonas - estudando os costumes locais, estabelecendo pequenas oficinas de elementos construtivos e desenhando mobiliários e objetos. Após o fim do contrato com a Icomi, continua com o escritório e participa de várias comissões julgadoras de concursos, entre eles o do Paço de Santo André, 1965. Nesse ano, ganha uma sala especial na 8ª Bienal Internacional de São Paulo, e em 1987 é homenageado com uma exposição de sua obra no (IAB/SP) pelos 80 anos de vida. 
 
Nas décadas de 1960, 1970 e 1980 se concentra em consultorias em planejamento urbano, além de projetar os planos de urbanização de bairros novos no Morumbi e conceber o plano piloto de Vila Santana e Porto Grande, no Amapá. Aos 89 anos, é homenageado na 2ª Bienal Internacional de Arquitetura do Brasil, em Salvador, em 1996.

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