A reciclagem, processo de reaproveitamento dos materiais orgânico e inorgânico, é considerada a melhor técnica para o tratamento do lixo, em relação ao meio ambiente. De acordo com o Secretário Municipal do Meio Ambiente, Mário Sérgio Rodrigues, a reciclagem reduz a quantidade de objetos nos lixões e aterro sanitário, além de colaborar com a diminuição de extração de matéria prima da natureza.
Implantar o processo de coleta seletiva, no entanto, é uma tarefa difícil, já que exige comprometimento de toda população. “ Precisamos criar esta cultura de pensar no lixo como material reciclável”. Atualmente, Botucatu conta com caminhões de coleta seletiva que atendem a região norte da cidade e uma cooperativa para reaproveitamento de todo material coletado. “Estamos no início, mas com possibilidade de aumentar muito este setor”, explica Mário.
Uma das maneiras de criar esta cultura da reciclagem na população é ensinar desde cedo a importância da coleta seletiva, por isso, as escolas da rede municipal já começam a dar os primeiros passos nesta direção.
Com a parceria do Instituto Floravida, seis escolas de ensino infantil praticam a coleta seletiva de forma educativa por meio do projeto Coleta Legal. Sob coordenação da bióloga Simone Semião, alunos da UNESP visitam as escolas uma vez por semana para ensinar de forma prática a importância de coletar o lixo de forma correta. As atividades vão desde trabalhos artesanais com argila até fabricação de papéis recicláveis. “ Com as oficinas mostramos que o lixo pode ser transformado, e isso faz com que eles tenham consciência do trabalho da coleta seletiva”, explica a bióloga.
Para a coordenadora do Centro de Educação Infantil do Luiz Tácito, Kátia Massagli, as oficinas e palestras despertam nos alunos a vontade de preservar o meio ambiente, e faz com que eles levem todo o conhecimento para casa, pois tudo é feito de forma divertida e muito fácil.
