Foi por causa de uma brincadeira que a botucatuense Celina Zanella viu sua vida mudar. Desde jovem, ela fabrica peças artesanais em madeira, tecido, vidro e, como ela diz, com tudo aquilo que encontra pela frente.
Os trabalhos, no entanto, sempre foram vistos como distração pela dona de casa, até que há 3 anos, ela decidiu presentear o genro com uma destas peças e confeccionou em madeira e veludo uma caixa para as cachaças orgânicas que ele produz. O produto virou um sucesso e foi elogiado por equipes de design, que viram nas caixas e embalagens uma forma de melhorar as vendas.
A botucatuense, então, se tornou membro da Sutaco, que organiza o trabalho artesanal no Estado de São Paulo e conta com apoio da Prefeitura Municipal de Botucatu, e recebeu ainda mais incentivos e informações para agilizar a produção.
Dona Celina conta que chegou a produzir cerca de 12 embalagens e 4 caixas por dia, que eram vendidas por 45 reais a unidade. “ Trabalho o dia todo para dar conta das encomendas, mas vale a pena ver meu trabalho reconhecido, principalmente porque não acreditava que isso pudesse acontecer”, diz ela. As caixas de Dona Celina já foram vendidas para países como Itália, Bélgica, Alemanha, Portugal, entre outros. Hoje, ela diz que já conta com um esquema organizado de trabalho e pretende não parar tão cedo.
Histórias de sucesso como esta são comuns entre os artesãos botucatuenses, tanto que a Subsecretaria de Turismo pretende inaugurar em breve um espaço para oferecer ainda mais incentivo a estes artistas. “A Casa do Artesão nasce com este intuito, de difundir no município o trabalho de nossos artesãos, que é de excelente qualidade, além de atrair para Botucatu, pessoas interessadas nestas obras”, explica a Secretária Adjunta de Turismo, Priscila Ribas.
A Casa do Artesão irá funcionar no mesmo prédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e deve ser aberta ao público no próximo mês.