Em dias de chuva forte, os moradores do entorno da Rua Jaguaribe, na Vila dos Lavradores, vivem o mesmo drama: rezar para que suas casas não sejam alagadas. Apesar de ser uma das vias mais antigas da Cidade, a Jaguaribe não conta com sistema de galerias capaz de escoar adequadamente as águas das chuvas. Um problema que há décadas causa prejuízos e transtornos aos moradores e que só agora será resolvido.
Na tarde da última sexta-feira (3), o prefeito João Cury Neto recebeu em seu gabinete a diretora técnica do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) do Governo do Estado, Regina Aparecida Ribeiro para definição do projeto que permitirá a abertura do processo licitatório para a execução da tão sonhada obra. Também participaram da reunião os secretários municipais André Peres (Obras) e Nivaldo Vizotto (Planejamento), além da engenheira Olívia Regina Cassimiro, da Secretaria de Planejamento.
Durante o encontro foi confirmada a implantação de cerca de 1,6 km de galerias na Rua Jaguaribe, a partir do cruzamento com a Rua Ivete Camargo Neiva. O sistema prevê a travessia da linha férrea até desembocar no córrego Água Fria. A obra permitirá a captação das águas de chuvas de setores populosos de bairros como Vila Antártica e Vila dos Lavradores, que ao longo dos anos transformaram-se em pontos críticos de alagamentos.
Pelo convênio assinado, o DAEE investirá R$ 700 mil, enquanto o município fornecerá toda a tubulação e mais R$ 180.248,00 a título de contrapartida. “Temos que agradecer o governador Geraldo Alckmin que ao tomar conhecimento do problema mais uma vez foi sensível a um pleito de Botucatu. Seria muito difícil executar essa obra apenas com recursos próprios”, frisa o prefeito João Cury.
A expectativa é que o processo licitatório seja concluído até meados de agosto e, se as condições do tempo forem favoráveis, a obra executada no prazo de sete meses.
“Pensamos até, por conta do valor, em fazer um trecho menor. Mas não estamos aqui para fazer serviço meia boca ou pela metade. Vamos fazer bem feito. Ficará mais caro, mas resolverá o problema em definitivo. Só quem mora naquela região sabe como é o problema de falta de galeria em época de chuva forte”, completa o prefeito.
Uma grande preocupação, segundo Cury, é com a interferência que as obras causarão no trânsito. “Por isso teremos que sinalizar bem a região, definir rotas alternativas para minimizar o impacto no trânsito e dar ampla divulgação sobre a importância da obra. Precisaremos contar com a tolerância e o apoio da população”, ressalta Cury.
