Estimular a troca da fritura e o fast food por uma alimentação mais saudável e segura. Este é um dos desafios lançados pelo Conselho Municipal de Segurança Alimentar, que na manhã desta quinta-feira [14], na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), promoveu a primeira Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional de Botucatu, com apoio da Subsecretaria de Agricultura e Abastecimento. O evento, que serviu de preparatória para a quarta Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de São Paulo, abordou o tema “Alimentação adequada e saudável: direito de todos”. Estiveram presentes cerca de 60 pessoas representantes das Secretarias Municipais de Saúde e Assistência Social; da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado; da Faculdade de Nutrição da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu; das hortas comunitárias e entidades do Terceiro Setor de Botucatu. Também presente na conferência, o vereador José Eduardo Fuser Bittar [Dr. Bittar], que articulou a criação do Conselho Municipal de Segurança Alimentar ainda em 2009, salienta que o momento é de reunir todas as ações que atuam no Município em torno de uma política de alimentação segura e saudável. “Essa política abrange desde a capacitação e organização dos produtores, os serviços de inspeção sanitária, até o alimento que chega, por exemplo, à merenda de nossos alunos. E isso não envolve apenas a Educação, mas a promoção à saúde pública e a garantia de uma alimentação permanente e de qualidade para a população”, destaca. O secretário adjunto de Agricultura, Márcio Campos, lembra que Botucatu tem avançado nas discussões que abrangem a alimentação saudável, e que pela própria vocação na produção de orgânicos e na área da saúde, o Município pode desenvolver ações ainda mais concretas neste campo. “A Prefeitura de Botucatu, por meio do Fundo Social de Solidariedade e parceria de outras secretarias, já começou um projeto piloto de Consciência Alimentar que envolve alunos da escola Angelino de Oliveira, e suas respectivas famílias, e que tem dado muito certo. Ao mesmo tempo, Botucatu tem um trabalho interessante junto às hortas comunitárias e produtores rurais que fornecem inclusive alimentos orgânicos para a merenda escolar, algo que pouquíssimas cidades se preocupam em manter. Além disso, temos o privilégio de ter a Unesp, através do curso de Nutrição e da Rede Sans [Rede de Defesa e Promoção da Alimentação Saudável e Solidária], como uma parceira que nos oferece um suporte intelectual necessário para que o Município, à médio e longo prazo, possa combater os problemas gerados à sociedade pela produção e consumo de alimentos não saudáveis”, argumenta. Banco de Alimentos Através deste novo equipamento público, que ficará nas antigas instalações do Matadouro Municipal, os produtos serão selecionados, embalados e distribuídos gratuitamente às entidades assistenciais, como forma de complementação às refeições diárias da população assistida. Em contrapartida, as entidades atendidas pelo Banco de Alimentos participam de atividades de capacitação em educação alimentar, para que o conhecimento seja repassado à comunidade. O investimento previsto é da ordem de R$ 479.544,44, sendo que R$ 441.180,44 virão do Orçamento Geral da União e R$ 38.364,00 como contrapartida do Município. As obras, que serão executadas pela empresa Negrão e Negrão Construtora Ltda., serão iniciadas ainda neste segundo semestre de 2011. Fotos: Marco Magnoni - Secretaria Municipal de Comunicação
Dentro desta proposta de estimular a produção, distribuição e consumo de alimentos saudáveis, a Prefeitura de Botucatu aposta no Banco de Alimentos, um projeto da Assistência Social que funcionará como uma central de arrecadação de alimentos, provenientes de doações.