VAI SER IMPERDÍVEL!!
Taus Audiovisuais apresenta:
ESTRANHAS COTOVELADAS
🗓️Quando: 05/05, sexta-feira
⏰Horário: 20h
📌Local: Teatro Municipal Camillo Fernandez Dinucci - Praça Coronel Rafael de Moura Campos, 27 - Centro, Botucatu / SP
📂Classificação: 12 anos
⏱️Duração: 133 minutos
💰Entrada gratuita - Sem retirada de ingressos.
Sinopse
A médica Ella Trieste se coloca no centro de um triângulo amoroso: quer dispensar Pedro Álvares, jovem usineiro de cana-de-açúcar, para ficar com Tiê Paixão, agrônomo que está implantando em seu sítio Itapedra, uma espécie de agricultura familiar e orgânica. Entre a Lua Nova e a Lua Cheia, e sob o olhar da Torre de Pedra, o filme revela as complexas vicissitudes de uma juventude privilegiada do Interior Paulista. Brancos, índios, negros, quatrocentões, imigrantes, todos se movimentam com a força de seus desejos e sonhos. Mas as águas precisam ser protegidas com força e coragem, revelou a Yara!
Enredo
Há um prólogo que mostra em closes uma jovem índia que parece cometer suicídio, se enforcando numa corda. É uma sugestão da gravidade do que “poderia ter sido” e a desconfiança dos poderes de Deus. Um introito que é abandonado logo que começa a sequência de planos de paisagens paulistas exuberantes, com a narração da Torre de Pedra, a consciência planetária alertando para os movimentos geológicos, hecatombes e pandemias. São essas cenas que levam à apresentação do personagem Tiê Paixão, jovem agrônomo em seu sítio Itapedra com seus parceiros de trabalho e rotina: o negro Seu Zé da Veia e o índio Jerry Adriani. Os três representam uma outra forma de ser família, de organização para o trabalho, de jeito de viver.
Seu Zé da Veia é benzedor antigo, já passa dos sessenta anos, cuida do Tiê há muito tempo, desde quando o pai era o patrão. Continuou morando em Itapedra como último recurso para sua solidão. Tiê o ampara e protege, mas ele também cuida muito solidariamente do rapaz. Primeiro porque cura a ferida que teima em purgar em seu cotovelo esquerdo, com reza braba e erva de Santa Maria. Depois, porque é ele quem dá apoio nas ressacas homéricas causadas pelos pesadelos, tormento que têm se tornado frequentes nas noites do Tiê. Arruma a casa, faz comida, alimenta as galinhas, ajuda a embalar as mudas de árvores do cerrado paulista, o mel, o húmus de minhoca. E está sempre preocupado com seu destino, indagando o Tiê sobre seu comportamento e atitudes, querendo saber se vai casar, se vai vender o sítio, se vai mudar pra outro lugar, se está se sentindo bem.
Jerry Adriani é um índio aculturado de 35 anos que chegou a Itapedra e foi ficando. Gostou de Tiê, que o acolheu com generosidade e por isso mostra grande fidelidade ao amigo. Ao ponto de fazer uma pajelança muito louca, com fumaça e veneno de sapo verde, pra solicitar da Mãe d’Água, a Iara, proteção e discernimento. É o grande guerreiro de Itapedra e está sempre alerta defendendo seu amigo de fé, irmão, camarada. Enfrenta o Pedro Álvares quando ele fica despeitado por entender finalmente que perdeu o amor de Ella. E Jerry fica muito comovido ao saber do suicídio de uma garota indígena lá no Mato Grosso. Entende que a questão dos povos originários é séria e exige muita atitude para defender seus direitos. E conclui que é crucial enfrentar o poder do homem branco. É preciso lutar, sempre.
Tato Cariola é um grande amigo, casado com Marta, dono do bar ponto de encontro da rapaziada, o Pôr do Sol; tem como hobby o aeromodelismo, que pratica aos domingos no sítio Itapedra. É isso que o aproxima tanto de Tiê e o faz se alinhar intimamente na lida com o adversário. Tato aconselha inclusive ao Pedro Álvares, mas ajuda o Tiê a compreender a guerra, analisa a situação que está sendo criada pelo agente de turismo, a claríssima omissão do Delegado, dá apoio logístico para a compreensão do perrengue.
A turma de estudantes que vem até Itapedra no programa de extensão rural da Universidade é da pesada. São quatro rapazes e uma moça. Eles vêm pra aprender na prática como funciona uma pequena propriedade que produz naturalmente bambu, mudas de árvores nativas, mel, húmus de minhoca, galinha caipira. E aproveitam pra nadar na cachoeira, além de discutir um pouco de política agrícola, em opiniões até que ingênuas. Dos cinco, um se destaca: o João Pedro, um rapaz que acaba por conseguir um estágio no sítio, e, ao entrar em crise de identidade, procura na liderança do Tiê um apoio fraterno. E João Pedro, filho de fazendeiro, tem grave problema com a questão do preconceito racial, recorrente em toda sua vida.
Paulo Itacaramby é um agente de turismo ocupado em adquirir uma nova propriedade para a construção de um mais um hotel-fazenda. É negociante profissional e está interessado exclusivamente nos seus interesses.
O Delegado é um sujeito contraditório, não quer se envolver com problemas comunitários e procura evitar ter que tomar atitudes concretas...
Mas a grande personagem é a Ella Trieste. Filha de usineiro piracicabano, não disfarça seu sotaque, puxando forte o erre retroflexo ao falar. A primeira impressão é que a dondoca está trocando de namorado por capricho, mas vai ficando claro que, além de se apaixonar sinceramente por Tiê Paixão, ainda está preocupada com seus negócios, com sua faculdade e sua carreira profissional, com sua herança. Defensora ativa de sua independência, Ella se recusa a fazer parte do patrimônio do Pedro Álvares e o Tiê lhe parece mais adequado para cuidar de seu futuro. Principalmente porque ele é muito legal e ela gosta de estar com ele, de amá-lo e admirá-lo. Traçar um estratagema com seu pai para aproximá-lo de sua usina de cana-de-açúcar e do próprio casamento é tiro e queda. Principalmente porque Tiê necessita de uns cuidados mais preciosos: seus pesadelos são um despropósito. Ele não pode nunca mais acordar aos berros, morrendo de aflição e angústia, com o cotovelo ferido. Precisa de ajuda, de companhia, de segurança. Precisa se livrar de uma vez da ameaça do Pedro Álvares, precisa de um trabalho estável e permanente, ligado à Ecologia, à Natureza que ele tanto defende. Tiê e Ella precisam de um final feliz.
Estranhas Cotoveladas, realizado pela Taus Produções Audiovisuais, é um desses filmes. E pretende revelar sua relevância e pertinência - e causar impacto – para um público formado por dezenas de milhões de jovens brasileiros originários dessa cultura rural, atualmente habitantes tanto do Interior quanto das Capitais de todo o país, que seguem suas vidas rodeados pela potente produção agroindustrial, tecnológica, extensiva e multinacional, acareados sistematicamente por informações que exigem práticas sustentáveis cada dia mais obrigatórias para o pleno desenvolvimento econômico e ecológico da Nação, perseguindo oportunidades profissionais e de sobrevivência na mais tentadora possibilidade de emprego e renda. Guerreiros em busca de satisfação espiritual e afetiva, necessitam de um espelho revelador de suas reais e verdadeiras potencialidades, um filme que lhes devolva sua imagem mais completa. São gentes que vivem numa seara multicultural, da comunicação digital planetária, cotidianamente responsabilizadas por suas opiniões e seus atos e que precisam topar, ágeis, essa interminável empreitada perigosa.
O filme propõe encarar o que está nas bocas, olhos, ouvidos e peles das pessoas, nos jornais, rádios, televisões e nas mídias sociais de forma a levantar uma investigação analítica do que se passa no Brasil, com uma estética própria e original, se posicionando radicalmente em defesa do Planeta Terra, objetivando as vantagens da solidariedade, da fraternidade, das relações humanas saudáveis e da alegria de viver. E se configura como instrumento de reflexão e libertação para a Juventude.
Elenco Principal
RAFAEL MONTASSIER, ELIANDRA CAON MARCOLINO, DOMINGOS MEIRA – como Pedro Álvares, JOÃO NICANOR, MÁRCIO JOSÉ MARQUES, MAKSIARA KADIWÉU, ERICK DE BARROS, ROBERT COELHO, RIVALDO CORULLI, LUCAS RICARDO, RENAN FÉLIX, JÚLIO CARVALHO, EDUARDO SAMPAIO
Participação Especial
BEATRIZ CAMPOS, FABIANA GODOY, ANA RIVAS, OSNI RIBEIRO, THAINARA RODRIGUES, JOÃO GILBERTO MOYSÉS, MARINA RONQUE, BETA CUNHA voz da Torre de Pedra
Equipe Técnica
REINALDO VOLPATO, ALAOR IGNACIO DOS SANTOS JÚNIOR - colaboração, Roteiro Original, REINALDO VOLPATO
Direção
REINALDO VOLPATO
Assistente de direção
FABIANA GODOY, RUBENS XAVIER
Estagiário de direção
LUCAS PELEGRINO
Continuísta
CLENIRA SARKIS
Preparação de elenco
FABIANA GODOY
Produção de elenco
CRIS CURY
Produtor executivo
LUCAS PELEGRINO BONALUMI, GUILHERME LISBOA, BARTIRA VOLPATO, NATÁLIA PETRECHEN
Direção de produção e Produção Executivo da Finalização
FARID JOSÉ TAVARES
Assistente de produção
RIVALDO CORULLI, TIAGO CREPALDI
Produtor
REINALDO VOLPATO
Produção de set
CLEO NEVES
Diretor de fotografia
ZELÉ VOLPATO
Iluminador
LEANDRO MARCONDELLI e ZELÉ VOLPATO
Assistente de fotografia, eletricista, maquinista
LEANDRO MARCONDELLI, DUDU MEDEIROS, BOB MONTEIRO, Fotografia de cena, FELYPE QUINTO, CRIS CURY, TIAGO CREPALDI, RAÍZA LARA CARVALHO
Direção de arte
VALÉRIA VALADÃO
Assistente de arte
FELYPE QUINTO
Produção de arte
CRIS CURY, ARTE COLINO
Figurinista
VALERIA VALADÃO
Produtor de cenografia
ARTE COLINO
Produção de figurino
CRIS CURY
Maquiadora
JÉSSICA CESARIO
Diretor de som direto
UBIRATAN DA SILVA GUIDIO (BIRA)
Microfonista
KAUÊ RAPOSO, Mixagem, ARIEL HENRIQUE,
Trilha Sonora, Engenheiro de Som, Pré-edição de som, Pré-mixagem
LY SARKIS
Música Tema - Amor de Índio
PRETO MORENO
Música Tema do Índio Jerry Adriani
SHEN RIBEIRO - Shakuhachi
Músicas Incidentais
Ricardo Vignini
MATUTO MODERNO
Montagem
JÚNIOR CARONE, REINALDO VOLPATO,
ZELÉ VOLPATO - assessoria técnica
CLEITON FERNANDES - assessoria técnica
Ação realizada mediante a contemplação do Projeto pelo Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura e Economia Criativa, ProAc.