A apresentação da proposta da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo [Sabesp] para a renovação do contrato para a exploração dos serviços na cidade de Botucatu reuniu na tarde de hoje [14], representantes da companhia, o prefeito municipal João Cury, o vice-prefeito Professor Caldas, e os vereadores Reinaldinho, Fontão, Curumim, Xê, Tavares, Abelardo, Lelo Pagani, Nenê e Bittar. Também participaram o secretário Municipal de Meio Ambiente, Mário Sérgio Rodrigues e o assessor de Comunicação da Prefeitura Municipal José Alberto Conte Jr.
A proposta para o novo contrato prevê a exploração dos serviços por 30 anos. De acordo com o superintendente José Aurélio Boranga, o tempo é em virtude dos investimentos em saneamento básico serem de longo prazo. “Existe a cada quatro anos a revisão contratual, que é um instrumento importante”, declara.
A contrapartida oferecida pela Sabesp é de R$ 110 milhões em investimentos diretos, por 30 anos; além da destinação de 4% da receita líquida para a prefeitura aplicar em obras correlacionadas ao saneamento básico e 1% para a preservação de mananciais. “A pessoa que tem em sua propriedade uma nascente que contribui com o abastecimento de água receberá um valor para preservar a área”, declara.
De acordo com gerente do Departamento de Gestão e Desenvolvimento Operacional da Sabesp Layre Colino Júnior, a companhia tem urgência em fazer obras para evitar problemas de abastecimento nas regiões norte e oeste da cidade. Ele apresentou o projeto técnico para sanar o problema de abastecimento das regiões problemáticas e prometeu que a obra deve ser terminada até 2010.
“Há seis anos temos esse impasse do contrato e nesse tempo só realizamos obras de caráter emergencial”, conta. Colino ainda afirmou que Botucatu deve ser até 2012 uma cidade 300. “Significa que teremos 100% das casas com água tratada, esgoto coletado e tratado”, explica.
Com a Sabesp, Botucatu tem hoje 100% das casas atendidas com água tratada, 93% do esgoto coletado e 95% do esgoto coletado tratado.
Colino diz ainda que a Sabesp vai construir em parceria com a Prefeitura uma usina de biodiesel no valor de R$ 300 mil, que vai beneficiar o óleo de cozinha usado e o transformará em combustível para ser usado na frota escolar, municipal e da companhia.
Os vereadores interagiram, questionaram e sugeriram um cronograma das obras para poderem analisar e cobrar a empresa caso alguma coisa não seja cumprida.
Antes da apresentação da proposta, Boranga ilustrou a atuação da companhia na cidade desde 1974, quando aconteceu a instalação. Hoje o contrato entre a companhia e a Prefeitura tem um saldo residual de investimentos da Sabesp que está superando R$ 70 milhões. O superintendente deixou claro que esse saldo será equacionado pelo tempo, pela amortização das obras e que o novo contrato não prevê saldo residual.
O prefeito municipal João Cury ao abrir a reunião declarou que acredita que a Sabesp seja a melhor opção para Botucatu, já que está na cidade há 35 anos, tem 92% de aprovação nos seus serviços e pela importância de ser uma empresa estatal. “Um ativo tão importante como a água deve ficar nas mãos do Poder Público. A Sabesp não visa apenas o lucro, tem responsabilidade e preocupação social”, disse.
Alguns números da Sabesp:
1974
10 mil ligações – 30 mil habitantes
Hoje
43 mil ligações – 110 mil habitantes
Quanto se paga pela água?
52% da população paga até R$ 23,52
6% de R$ 23,52 até R$ 30
18% paga de R$ 30 à R$ 40
9% paga de R$ 40 a R$ 50
15% paga acima de R$ 50
Comparativo com outros serviços públicos essenciais no orçamento familiar:
2,01% telefonia fixa
2,12% energia elétrica
0,88% gás
0,77% água e esgoto