Cerca de 3000 embalagens de agrotóxicos foram recolhidas na manhã desta sexta-feira,19, durante a Campanha de Recolhimento de Embalagens de Defensivos Agrícolas, promovida pela Casa da Agricultura [CATI] , Prefeitura Municipal e Associação de Distribuição de Insumos Agrícolas [ADIESP].
O ponto de coleta itinerante foi instalado na colônia Santa Marina, onde 15 pequenos e médios produtores entregaram o material acumulado. O produtor de hortaliças Marcelo Cesário disse nem se lembrar da última vez que recolheu as embalagens vazias. “Eu perdi o prazo de coleta na última vez que vieram buscar e todo este lixo ficou encostado no meu quintal”, disse ele.
De acordo com Márcio Campos, Diretor de Agricultura de Botucatu, esse tipo de ação é extremamente benéfica para os produtores rurais, para o meio ambiente e para a sociedade em geral. “ Por lei, as embalagens de defensivos agrícolas, que geralmente são extremamente tóxicas, deveriam ser retornadas à loja em que o produtor rural adquiriu o mesmo, entretanto, muitas vezes os agricultores têm dificuldade de voltar ao estabelecimento para devolver as embalagens; estas vão se acumulando nas propriedades, e quando mal armazenadas podem poluir o meio ambiente e causar prejuízos aos animais e seres humanos”, explica Márcio Campos.
A última coleta itinerante em Botucatu foi realizada em 2003, segundo o agrônomo da CATI, Rafael Marcelino, a expectativa era atrair mais produtores, mas muitos se anteciparam e levaram o material ao posto de recolhimento em São Manuel. “ Em 27 de maio foi realizada uma campanha para conscientizar produtores sobre a importância de dar um destino adequado a essas embalagens, acredito que isso tenha feito com que muitos já se livrassem do material”, diz Marcelino.
Todo o material arrecadado foi colocado em caminhões fornecidos pela Prefeitura Municipal que irão vão levá-lo até São Manuel, onde serão entregues no Posto de Coleta de Embalagens de Defensivos Agrícolas, que faz parte da Associação dos Distribuidores de Insumos Agrícolas do Estado de São Paulo [ADIAESP].De acordo com o gerente do órgão,Plínio Raimundo, todas as embalagens serão conferidas, aquelas que estiverem em conformidade com o padrão exigido, a Associação irá encaminhar para empresas de reciclagem, onde serão transformados em barricas de papelão, conduítes, caixas de passagem de fios elétricos e sacos para descarte de lixo hospitalar, o restante será incinerado.
Fotos: Marcelino Dias