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Vigilância Ambiental em Saúde
Serpentes
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As serpentes são animais que causam fascínio e também medo entre as pessoas, medo este mais pela falta de conhecimento sobre sua importância do que pelo perigo que elas realmente representam. Elas são animais mais conhecidos pelo fato de algumas espécies serem peçonhentas e poderem causar envenenamento em pessoas e animais, do que pelo seu valioso papel na natureza como predadores e presas de vários outros animais, além do potencial farmacológico de seus venenos ainda pouco explorados e que podem trazer inúmeros benefícios para humanidade. Por isso, é fundamental preservar e conhecer melhor esses animais de importância para o homem, assim como aprendermos a respeitá-los (Paulo Sérgio Bernarde).

As serpentes são vertebrados, carnívoros, pertencentes ao grupo dos répteis. São características destes animais: a ausência de patas, pálpebras e ouvido externo, a presença de língua bífida ou bifurcada, e a pele recoberta por escamas. Algumas espécies são peçonhentas, podendo provocar acidentes graves, entretanto outras, não oferecem risco aos seres humanos. As serpentes possuem diferentes tipos de dentição.

 
TIPOS DE DENTIÇÃO

Áglifa

Apresentam todos os dentes iguais sem nenhum sulco ou canal para inoculação de veneno.

Opistóglifa

Apresentam na parte de trás da boca, dentes com sulcos por onde escorre uma saliva tóxica.

Proteróglifa

Possuem, na parte da frente da boca, dentes imóveis e curtos usados para inoculação de veneno.

Solenóglifa

Apresentam na parte da frente da boca, dois dentes grandes e móveis parecidos com agulha de injeção que são usados para inoculação de veneno.

ALGUNS EXEMPLOS
 
   
 
As cascavéis, jararacas e surucucus são solenóglifas, ou seja, possuem grandes presas móveis inoculadores de veneno, localizadas na região anterior da boca. As corais verdadeiras são proteróglifas, neste caso, as presas são pequenas, finas, e também são localizadas na região anterior da boca. Os ofídios também podem ser opistóglifos ou áglifos. Um exemplo de serpente opistóglifa é a cobra verde, nela, as presas são pequenas, finas e localizadas no fundo da boca, mas também podem inocular a peçonha. As jiboias e sucuris são exemplos de cobras áglifas, onde não há presença de dentes modificados para injeção de veneno.
 
FOSSETA LOREAL

É um orifício entre o olho e a narina da serpente que permite a percepção das diferenças de temperatura no ambiente. Esse órgão sensorial termorreceptor é presente nas cobras peçonhentas (cascavéis, jararacas e surucucus), exceto nas corais.
ATENDIMENTO 

A maioria das serpentes são de hábitos noturnos e sempre devemos estar atentos ao encontro casual com estes animais e, se isto acontecer, acione a Vigilância Ambiental em Saúde [14 3811-1609] ou a Guarda Civil Municipal [199] para que avaliem a situação e, se necessário, providenciem o resgate seguro do animal.


 
SERPENTES MAIS COMUMENTE RESGATADAS EM BOTUCATU

PEÇONHENTAS

Cascavel (Crotalus durissus) - apresenta fosseta loreal e dentição solenóglifa, sua principal característica é a presença de um chocalho na parte final da cauda, conhecido como “guizo”. Possui coloração marrom-amarelado. As cascavéis são encontradas praticamente em todo território brasileiro;

Coral Verdadeira (Gênero Micrurus) - são caracterizadas pelas cores: branco, preto, vermelho e amarelo. Não possuem fosseta loreal e sua dentição é proteróglifa. Escondem-se em buracos, sob as folhas, troncos e pedras. São de extrema importância ecológica, pois se alimentam de outras serpentes;

Jararaca (Gênero Bothrops) - apresenta fosseta loreal e sua dentição é solenóglifa. A coloração é variada, mas, podemos identifica-las pelos desenhos ao longo do corpo que se parece com as letras “u” ou “v” invertidas. As principais serpentes desse gênero resgatadas em nosso município são: jararaca (Bothrops jararaca), urutu-cruzeiro (Bothrops alternatus), jaraca-pintada (Bothrops pauloensis);
    

Cobra Verde (Philodryas olfersii) - passa a maior parte do tempo nas árvores e arbustos, mas pode ser encontrada no chão. É ativa durante o período iluminado do dia. Sua dentição é opistóglifa, alimentando-se de mamíferos e anfíbios e pode chegar a pouco mais de um metro.


NÃO-PEÇONHENTAS

Jibóia (Boa constritor amarali) - é uma serpente de hábito semi-arborícola. É totalmente inofensiva se não for perturbada. Quando irritada, solta o ar dos pulmões com violência que ao passar pela glote faz um ruído característico conhecido como “bafo da jibóia” que é totalmente inofensivo aos humanos. Sua dentição é áglifa, portanto mata suas presas por constrição. Sua coloração varia de tons de cinza e marrom. Pode chegar até 3 metros de comprimento;

Dormideira (Dipsas mikanii) - conhecida como jararaquinha dormideira. Trata-se de uma serpente extremamente inofensiva e calma, mesmo quando manipulada. Sua dentição é áglifa. Alimentam-se de lesmas, por isso é comum encontra-las em hortas e gramados. Chega a 40 centímetros de comprimento;

Caninana (Spilotes pullatus) - conhecida como papa-pinto e cobra-tigre, essa serpente possui hábito semi-arborícola, sendo comum encontrá-la junto às casas próximo de matas. Sua dentição é áglifa. Quando molestada infla o pescoço e arma o bote para se defender. Pode chegar até 2,5 metros de comprimento;

Falsa Coral (Oxyrhopus guibei) - é uma serpente de hábito terrícola, habitando os mesmos locais da coral verdadeira. É ativa durante o período iluminado do dia. É um animal dócil, mas toda coral será verdadeira até que seja identificada corretamente. Apresenta dentição opistóglifa. Seu tamanho varia de 70 cm a 1 metro.

Parelheira (Philodryas patagoniensis) - serpente de hábito terrícola, habitando cerrado ou mata fechada. Apresenta dentição áglifa, se alimenta de anfíbios e mamíferos. É ativa durante o período iluminado do dia. Seu tamanho pode chegar a pouco mais de um metro;

Papa-Lesmas (Dipsas indica) - também conhecida como dormideira ou pingo de ouro, é uma serpente que apresenta dentição áglifa e se alimenta de lesmas e caramujos. Seu tamanho pode chegar a 82 cm.
COBRA-DE-DUAS-CABEÇAS

A anfisbena ou anfisbênia é popularmente conhecida como cobra-de-duas-cabeças, por ter a cauda arredondada, parecida com o formato da cabeça. A anfisbena é um réptil com o corpo dotado de escamas, mas não é classificada nem como lagarto e nem como serpente, mas numa sub-ordem a parte, Amphisbaenia. É um réptil cavador, por isso possui hábitos subterrâneos. No subsolo, ou nas poucas vezes que aparecem na superfície (geralmente embaixo de folhas e húmus), as cobras-de-duas-cabeças se alimentam de minhocas, larvas, invertebrados e pequenos roedores, como filhotes de camundongos.
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